28/05/2025
As crianças da geração alpha nasceram em um mundo onde a internet já era parte do cotidiano. Desde cedo, elas interagem com telas, comandos de voz e conteúdos personalizados. Essa realidade influencia diretamente o modo como aprendem, se comunicam e até como enfrentam desafios do dia a dia. A geração, formada por nascidos a partir de 2010, já representa um grupo significativo em número e traz comportamentos e necessidades distintas em comparação com gerações anteriores.
Esses jovens costumam ter raciocínio rápido, facilidade com tecnologias e domínio de multitarefas. Por outro lado, também enfrentam maior dificuldade de concentração, tolerância à frustração e convivência social fora do ambiente digital. Como crescem em contato constante com estímulos visuais e imediatismo, as interações humanas e as experiências concretas precisam ser incentivadas com ainda mais intencionalidade.
“Essa geração tem um potencial enorme, mas também precisa de adultos atentos ao equilíbrio entre o digital e o real”, destaca Rosimeire Leme, diretora pedagógica do Colégio João Paulo I, de São Paulo. Segundo ela, o papel das famílias e das escolas é fundamental para garantir que o desenvolvimento emocional e social não fique em segundo plano diante do fascínio pelas telas.
No ambiente escolar, isso significa rever métodos de ensino. Crianças da Geração Alpha tendem a se engajar mais com propostas ativas de aprendizagem, como projetos colaborativos, jogos educativos e desafios que exijam participação e criatividade. As aulas expositivas e longas, que exigem atenção prolongada sem interação, já não são tão eficazes quanto antes.
Outra característica marcante é a maneira como esses alunos absorvem e constroem conhecimento. Eles preferem conteúdos dinâmicos, visuais e acessíveis, com liberdade para explorar diferentes caminhos. Plataformas digitais, ensino híbrido e recursos interativos são, nesse cenário, grandes aliados — desde que usados com equilíbrio e propósito claro.
Fora da escola, o papel dos pais também é decisivo. A forma como os adultos se comportam com seus próprios dispositivos e com o tempo de tela influencia diretamente as atitudes das crianças. Demonstrar interesse pelas vivências dos filhos, participar das rotinas, brincar junto e estabelecer momentos longe das telas são formas simples e poderosas de criar vínculos afetivos e promover bem-estar emocional.
A geração alpha inaugura uma nova etapa da infância. Para acompanhá-la, é preciso mais do que oferecer acesso à tecnologia: é necessário escutar, orientar, acolher e estabelecer limites saudáveis. Com um olhar atento às transformações do presente, é possível formar indivíduos curiosos, criativos e preparados para os desafios do mundo contemporâneo. Para saber mais sobre Geração Alpha, visite https://www.dentrodahistoria.com.br/blog/familia/desenvolvimento-infantil/geracao-alpha-caracteristicas/ e https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/05/29/o-que-e-a-geracao-alfa-a-1a-a-ser-100-digital.ghtml