13/11/2024
Comportamentos repetitivos, ou manias, são comuns na infância e fazem parte do desenvolvimento emocional das crianças. Assim como os adultos, que têm seus hábitos e rituais diários, as crianças também podem desenvolver manias que proporcionam conforto ou segurança, como roer unhas, balançar as pernas ou organizar brinquedos de uma forma específica. Identificar esses comportamentos e entender suas causas é fundamental para que os pais possam orientar seus filhos da melhor maneira possível.
As manias infantis muitas vezes surgem como uma forma de lidar com emoções que a criança ainda não consegue expressar verbalmente. Por exemplo, uma criança pode começar a balançar os pés repetidamente ao assistir TV ou ter o hábito de morder objetos quando está ansiosa. Rosimeire Leme, diretora pedagógica do Colégio João Paulo I, de São Paulo (SP), comenta que "observar o contexto em que esses comportamentos aparecem é essencial para compreender o que a criança está tentando comunicar, especialmente em situações de ansiedade ou nervosismo".
Distinguir manias de outros tipos de comportamento é importante para saber como agir. Enquanto a mania é um hábito que a criança adota conscientemente e que geralmente está associado a algum tipo de ritual, os tiques são movimentos involuntários, como piscar os olhos repetidamente ou fazer movimentos bruscos com o corpo. A diretora Rosimeire Leme acrescenta que "entender essa diferença ajuda os pais a lidar de forma adequada, evitando repreensões desnecessárias que podem aumentar o desconforto da criança".
As manias são, na maioria das vezes, inofensivas e tendem a desaparecer com o tempo. Durante a primeira infância, entre 2 e 5 anos, é normal observar esses comportamentos, já que as crianças estão explorando o mundo e descobrindo formas de se sentir seguras. No entanto, se a mania se intensifica e começa a interferir nas atividades diárias ou nas interações sociais, é importante que os pais fiquem atentos e considerem buscar a ajuda de um profissional de saúde mental. Algumas manias persistentes podem ser indicativas de transtornos como o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ou ansiedade generalizada, que exigem uma abordagem especializada.
Antes de tentar eliminar uma mania, é essencial que os pais compreendam o motivo pelo qual a criança adota esse comportamento. Muitas vezes, a mania está relacionada a uma necessidade emocional e, ao invés de corrigir o comportamento de forma direta, pode ser mais eficaz redirecionar a atenção da criança para atividades que envolvam interação e brincadeiras. Oferecer um ambiente seguro, onde a criança possa expressar suas emoções sem medo de julgamento, também é uma estratégia importante. Evitar punições e buscar conversar com a criança sobre seus sentimentos pode fazer uma grande diferença, ajudando a reduzir a intensidade das manias de forma natural.
Por fim, é importante que os pais mantenham uma atitude de compreensão e apoio. Embora seja normal se preocupar com certos comportamentos, é fundamental lembrar que as manias infantis são parte do processo de aprendizado emocional e social. Para saber mais sobre Mania, visite https://lunetas.com.br/manias-das-criancas/ e https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/06/08/manias-rituais-e-tiques-na-infancia-quando-e-preciso-se-preocupar.htm